CARIOCA

Naquele dia, vestiu a blusa que mais detestava. Justamente aquela que evidenciava todos os seus excessos. Saiu sem bater a porta, deixando a casa e seus mistérios à mercê da curiosidade alheia. Desceu as escadas, desejando não encontrar nenhum móvel, utensílio ou vestimenta caso regressasse. Cruzou a Atlântica sem olhar para o sinal, nem para os carros. Ouviu buzinas, xingamentos, uma batida seca. Levantou-se sem esforço. Daquele jeito, manchada de vermelho, a blusa bege ficava ainda mais repugnante. Saltou do asfalto para a areia. A blusa bege se afundou na imensidão do mar azul petróleo, até se perder de vista.
3 Comments:
Dolores, se a protagonista tivesse a sua verme literária, certamente não se suicidaria, pois encontraria motivos de sobvra n a arte de desvendar a vida. É a primeira vez que me manifesto, mas já havia me encantado com os seus escritos, entre eles o poema Vigilia. Abraços do Qualhada
Dolores, perdoe o lapso. Onde está escrito "verme" queira ler "verve".
Abraço do Qualhada
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